quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O MMA de Pimentel

Sergio Pimentel (d) mostra técnica de campeão
TROCAÇÃO - Sergio Pimentel, de Porto Alegre, teve seu primeiro contato com as lutas aos 6 anos de idade, desde então, não parou. Hoje, aos 48 anos, o faixa preta de jiu-jitsu é responsável por formar atletas de MMA, mas além disso, tem gerado nocauteadores. Usando trabalho de manopla do legítimo boxe americano, o treinador tem afiado os punhos de seus competidores que geram nocautes espetaculares.
Vinícius Teixeira, Crovatto e Pimentel

Em visita a Teutônia, Pimentel falou de dois dos seus atletas. Claiton Crovatto Júnior, professor de capoeira que venceu na sua estreia, com nocaute avassalador aos 11 segundos de combate. Também falou sobre o "iluminado" Leonardo Limberger, atleta com técnica impecável que estará representando o sul do Estado na seleção do The Ultimate Fighting (TUF) - Em busca de campeões.



Liberger vence e ao seu lado Pimentel (d)

Confira o bate-papo:
Knockdown: Como é para você ter um atleta que veio da capoeira e já na estreia nocauteou no MMA?
Pimentel: Me surpreendeu bastante. Ele fez a transição para o MMA, através de outras artes marciais e não estava bem apurado para fazer, mas pela dedicação que teve e pelo conhecimento de capoeira, a dedicação com MMA, boxe, muay thai, surpreendeu. Hoje em dia ele sabe onde tem que se direcionar para seguir em frente.

Knockdown: E o Leonardo Limberger que tem uma técnica muito apurada?
Pimentel: Este é um atleta iluminado. Tem muito talento natural. Poderia ser campeão de muay thai, campeão de boxe, de jiu-jitsu, mas é isso que faz um lutador de MMA. Ele tem talento natural em todas as coisas que faz. Ele tem 20 anos e já conquistou muita coisa em menos desses 20 anos. Ele está no caminho certo. Vamos esperar pela inscrição no TUF e ver o que vai acontecer.

Knockdown: De onde vem esse potencial de nocaute de sua equipe?
Pimentel: A gente treina muito a trocação na mão, boxe. Tem atletas, além da minha equipe, como o Felipe Perrone que tem um nocaute no Samurai de 6 segundos, e isso foi porque eu orientei ele na mão. Tem o Claiton que tem um nocaute de 11 segundos, teve outro lutador que lutou esse final de semana e tem o Limberger também. É um carimbo, todos de mão direita e isso porque eu treino muito boxe. Mas todos esquecem que eu sou faixa-preta de jiu-jitsu e treinamos chão, treinamos muay thai, e várias outras. Tudo isso tem que ser juntado para a mão funcionar, então, nunca vejo meus atletas sendo quedados, ou colocar no chão e ser dominados. Fazem sempre uma luta boa, mesmo perdendo. Bem no chão, bem na trocação, bem no muay thai, então, são lutadores completos que formo. E isso é que eu fico contente, mas o boxe aparece mais porque a mão entra mais pesada.

Depois da entrevista, Pimentel deu uma palhinha de como funciona seu trabalho de boxe. O sparring foi com o contra-mestre de capoeira Wagner Teixeira (Waguinho). O privilégio foi de poucos que ficaram estáticos diante da técnica apurada.


(Fotos e vídeo: Maciel Rodrigues Delfino)

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