quarta-feira, 11 de março de 2015

Faby Weber está na Tailândia e busca o título mundial de muay thai

Faby encara a primeira disputa internacional (Foto: Nany Mayer)
MUAY THAI - O muay thai é uma modalidade esportiva que nasceu na Tailândia e cativou os brasileiros. Os benefícios estéticos ainda são os mais visados. Entretanto, as competições e a curiosidade de viver a verdadeira “luta das oito armas”, direto do berço, é instigante. Lutadora de boxe, muay thai e artes marciais mistas (MMA), Fabiane Weber, será Teutônia no Campeonato Mundial da modalidade, realizado em Bankok, capital da Tailândia, de 7 a 18 de março.

Lutar internacionalmente e disputar um campeonato mundial já mostra uma carreira promissora e de conquistas. A atleta treina a praticamente um ano e meio e acumula triunfos. No muay thai, vice-campeã gaúcha e campeã brasileira na categoria de 51 Kg até 54 Kg. No MMA tem uma luta e uma vitória. Em 2015, conquistou o campeonato gaúcho de boxe por desistência da oponente. “É muito gratificante ver meu trabalho sendo reconhecido. Abri mão de muitas coisas para que esse sonho se realizasse. Foi uma explosão rápida, foram três títulos nacionais em decorrer de um ano e meio”, conta a lutadora.

Fabiane treina, atualmente, no Centro de Treinamento Academia Modelo, de Teutônia, faz parte da Team Pimentel, de Porto Alegre, mas representará a Federação Gaúcha de Muay Thai e Muay Boran, também da capital do Estado. Usando as expressões de seu mestre, Alexandre Carneiro, Fabiane fala sobre sua expectativa para o mundial: “Tenho que entrar como um leão e sair como um leão”, conta.
Determinada, a lutadora espera voltar com a vitória. “Não entro em nada para perder. Quem me conhece sabe que sou muito determinada. Meus passos são todos certeiros. Vou fazer para que tudo dê certo. Pode acreditar que vou embarcar com a certeza de que a vitória e o título são meus e com certeza que esse título vai vir para Teutônia. Vou representar muito bem a nossa cidade”, comenta.

Alexandre Carneiro e Faby Weber (Foto: Maciel Rodrigues Delfino)

Forma tailandesa de disputa
Diferente do formato convencional brasileiro, no qual quem ataca mais é vitorioso, na Tailândia vale a postura e a resistência. Presidente da Federação Gaúcha de Muay Thai e Muay Boran, Alexandre Carneiro, foi três anos consecutivos para a Tailândia. Na primeira vez, para conhecer. Na segunda, para fazer exame internacional na modalidade e na última vez para disputar o campeonato mundial. Nessa disputa, Carneiro venceu dois combates e perdeu o último, ficando com a segunda colocação. “Na Tailândia, o muay thai faz parte da cultura e as regras, e o pensamento de competição é diferente. Meninos desde pequeno já lutam profissional sem nada de equipamentos. Em relação as regras, se tem um pensamento que em uma luta o lutador deve começar a luta como um gato e terminar como um tigre. O que se julga em uma luta de muay thai na Tailândia é realmente quem foi melhor preparado para aquela luta em relação a terminar todos os cinco rounds inteiros e superior a seu adversário. No Brasil, as regras ainda são tímidas”, comenta.

Carneiro é presidente da federação pela qual Fabiane disputará o mundial. Ele acredita na carreira e no potencial da lutadora. “A Fabiane vem, há mais de um ano, se dedicando às competições de muay thai, e acredito que ela tem um futuro como atleta. Ela participou de competições importantes em nível estadual e nacional, sendo até destaque do Campeonato Brasileiro de muay thai e vai com certeza com a vontade de ganhar e representar o Brasil no Campeonato Mundial. Mas, o mais importante, vai para ganhar muita experiência, sendo que tem diversos países nesta competição”, frisa.

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